sábado, 27 de março de 2010

A Bacia do Bacanga

É a maior bacia hidrográfica totalmente inserida no Município de São Luís e deságua simultaneamente na Baía de São Marcos. Além do Rio Bacanga, tem como principais afluentes o Rio das Bicas, o Igarapé do Tapete, o Igarapé Itapicuraíba, Igarapé do Tamancão e Igarapé do Piancó.

 

O Rio Bacanga, seu principal afluente, inicia-se por dois cursos d'água que, ao se encontrarem, passam a ter o mesmo percurso, de 16,8 km. Pela baixa energia que contém, este rio não é capaz de transportar tamanha a carga de materiais grosseiros (areias) que carreia, razão pela qual criam-se áreas de deposição, que passam a ser obstáculos naturais obrigando a mudança do curso do talvegue, e até, ramificando-se. Surgem, portanto, canais secundários rasos margeando estas zonas de depósitos, já em grande parte cobertas pela vegetação do mangue formando um ecossistema bastante diversificado (IMCA, Programa Verde, 1998).

 

As principais áreas de intervenção do programa, focada na Bacia do Bacanga, inclui nove sub-bacias de Vila Embratel, Campus UFMA, Sá Viana, Pindorama, João Paulo, Filipinho, Coroadinho, Praia Grande e Sacavém, onde residem cerda de 230.000 pessoas, quase um quarto da população da cidade. Essas sub-bacias, que foram selecionadas com base em estudos técnicos e inúmeras discussões com a PMSL, têm as seguintes características:

 

·         O número total aproximado de domicílios conforme censo demográfico de 2000 IBGE era de 45.183 domicílios;

·         Mais de 90% das famílias ganham menos de dois salários mínimos;

·         Tipo de residência predominante: casas de alvenaria aparente;

·         Fornecimento de energia em 100% dos domicílios;

·         30% das vias da região são asfaltadas;

·         Abastecimento de água potável: 20.000 domicílios, de forma irregular

·         O consumo atual per capita de água é menos de 40% da média;

·         Menos de 30% da população da área é atendida por redes coletoras de esgotos;

·         100% do esgoto não é tratado;

·         O sistema de drenagem das águas pluviais é totalmente inadequado, fato que se agrava com os efeitos cumulativos do lançamento de resíduos sólidos, causando altos índices de poluição, com graves riscos diretos à saúde pública;

·         Menos de 30% da população da área é atendida por redes coletoras de esgotos;

·         O esgoto não é tratado;

·         O consumo atual per capita de água é menos de 40% da média;

·         Aproximadamente 500 famílias vivem em área com alto risco de inundação;

·         O saneamento inadequado contribui para a deterioração da qualidade da água do lago da barragem do Bacanga;

 

·         Cobertura vegetal (áreas verdes): 80%;

·         Ocupação da área: 20%;

 

Na Bacia do Bacanga, encontram-se importantes testemunhos da história da cidade e manifestações culturais que refletem as relações campo-cidade, como as Ruínas do Sítio do Físico e os sambaquis encontrados no Parque Estadual do Bacanga, o Sítio Tamancão, hoje transformado em Estaleiro Escola, a Festa da Juçara no Maracanã, a encenação da Paixão de Cristo no bairro do Anjo da Guarda, e as Ruínas de uma Fábrica de Soque de Arroz, talvez o mais antigo registro da história da indústria local.

 

O Parque Estadual do Bacanga, criado pelo Decreto Estadual nº 7.545 de março de 1980 a sudeste do centro urbano, entre a margem direita do Rio Bacanga e a região do Maracanã, e a Área de Proteção Ambiental do Maracanã, também criado por Decreto Estadual (nº 12.103 em outubro de 1991), entre o Parque Estadual do Bacanga, ao norte, e a localidade de Rio Grande, ao sul, englobando a localidade de Maracanã e parte da Vila Maranhão, Vila Sarney, Vila Esperança e Rio Grande, constituem importantes reservas de recursos naturais e paisagísticos da cidade. Na APA do Maracanã está situado o Reservatório Artificial do Batatã, de onde vêm 30% parte da água consumida em São Luís.

2 comentários:

Luciana disse...

Finalmente uma informação objetiva, coerente, util sobre essa importante area da cidade. Parabens!

Raimundo Silva disse...

CULTURA MACHISTA

Herança de uma cultura machista afirma, quando usa a palavra homem está contemplando a palavra mulher:
• Nunca deve afirmar, quando fala a palavra homem está contemplando a palavra mulher;
• Quando contempla os dois homem e mulher deve usar a expressão: povo, pessoas, população e o ser humano.